domingo, 25 de março de 2012

Tipo um preguiçoso manifesto nonsense inconformista dos dias ruins





O negócio é se manter em pé
Foda-se o que dizem que é
Digo que não é
Não fomos paridos só para sumir
Por mais que a vida seja sem sentido
Que não haja nenhuma glória

Mas alguém um dia vai ver
Que não somos simples perdidos
Crianças de nós mesmos
Desafiando com indiferença o abisbo
Em meio a revoltas sem senso

Só peço que me deixem sozinho
Travando batalhas de eufemisos
Para quem quiser ver
Aida que ninguém queira ver
Para buscar na sensatez do insano
O desconhecido das mentiras
Mutilar o que se espera de mim
Até que ninguém espere nada

Metralhando a porra do conformismo
Do jeito que der para ser
Mesmo pela insignificância
Pela humilhação
Esquecendo os diálogos carnavalescos
Onde o hipócrita vence a razão
E ignorando a bosta de um texto desses
que não diz nada e nem tem refrão

quarta-feira, 21 de março de 2012

Volkswagen Fusca (parte 2): O carro que marcou a História


O Fusca tornou-se o principal ícone da recuperação alemã no pós guerra, e o carro mais vendido no mundo





As incertezas no pós-guerra

No final da Segunda Guerra Mundial, a fabrica da Volkswagen estava destruída, mas as máquinas para produção dos automóveis estavam intactas, e havia material em armazém, que permitia o recomeço da produção. Em abril de 1945, a empresa foi dominada pelos norte-americanos, e depois passou às mãos da administração britânica. O major Ivan Hirst, do Corpo de Engenheiros do exército britânico, foi encarregado de dar continuidade aos trabalhos da Volks.
Dispondo de poucos veículos leves de transporte, em setembro de 1945, o exército britânico foi persuadido a encomendar 20.000 unidades do fusca. O carro então retomou seu propósito desenvolvimentista, sendo utilizado para serviços essenciais como atendimento médico e para o correio alemão. Por volta de 1946 a fábrica em KdF-Stadt estava produzindo 1000 carros por mês, uma quantidade notável, uma vez que a fábrica ainda estava parcialmente: o teto e os vidros danificados interrompiam a produção quando chovia.
A marca e a localidade também mudaram seus nomes da época pós Segunda Guerra Mundial. Os fuscas do KdF-Wagen passaram finalmente a serem chamados de Volkswagen (“Carro do Povo”, em português), e a localidade onde a fábrica estava instalada passou de KdF-Stadt para Wolfsburg (hoje próspera cidade alemã). Enquanto isto, a produção crescia, mas apesar da simplicidade e eficiência do fusquinha, o mesmo não conseguia atrair a confiança de investidores estrangeiros.  Com o futuro incero, a Volkswagen foi oferecida a representantes de empresas automobilísticas britânicas, americanas e francesas. Todos a rejeitaram. Sem outras alternativa, o major Ivan Hirst repassou ao governo alemão o controle da fábrica,


Volkswagen: Ícone da recuperação alemã

Após 1948, a Volkswagen se tornou um importante elemento simbólico e econômico da recuperação da Alemanha Ocidental pós-guerra. Heinrich Nordhoff, ex-gerente da área de caminhões da Opel, foi chamado para dirigir a fábrica naquele ano. A empresa tornou-se um monopólio controlado pelo governo alemão, e Nordhoff desenvolveu muitas mudanças no projeto do carro para que o Volkswagen se tornasse um automóvel com ares de grande produção. O Volkswagen era o carro mais vendido na Alemanha, tendo 50% do mercado.
Na parte mecânica a modificação mais importante foi a introdução da caixa de mudanças sincronizada e o aparecimento dos travas hidráulicas. Na parte comercial, foi introduzido o programa de troca de motor com garantia, e renovação de garantias para outros componentes. Além disso, variações do Fusca foram introduzidas comercialmente: O "VW tipo 2" (a popular Kombi) em suas versões de passageiros, furgão e camionete, e o esportivo Karmann Ghia, também passaram a ser fabricados pela empresa.  Nordhoff seguiu a política de modelo único até pouco antes de sua morte, em 1968.
A produção do "VW tipo 1" (nome oficial do  Fusca) cresceu enormemente ao longo dos anos no mundo todo, tendo atingido 1 milhão de veículos já em 1954. Outras fábricas foram instaladas na Alemanha e as exportações cresciam.  Durante a década de 1960 e o início dos anos 70, apesar de o carro estar ficando ultrapassado em alguns aspectos, suas exportações para os EUA, a publicidade inovadora e reputação de veículo confiável ajudaram seus números de produção a tornarem-se recordes. Por volta de 1973 sua produção mundial já superava 16 milhões de unidades, sendo o carro mais vendido no mundo.
A Volkswagen expandiu sua linha de produtos em 1967 com a introdução de vários modelos "tipo 3", os quais eram essencialmente variações de desenho de carrocerias (hatch e sedan) baseados na plataforma mecânica do Fusca. Novamente o fez em 1969 com a linha relativamente impopular chamada "tipo 4" que diferiam bastante dos anteriores pela adoção de carroceria monobloco, transmissão automática e injeção de combustível.


Sucessor do fusca, o Golf criou o conceito de “carro compacto, e inspirou a criação do Volkswagen Gol no Brasil



Do Fusca para o Golf

Durante a década de 60 e no começo da de 70, nenhum dos modelos alternativos lançados pela companhia agradou. A empresa sabia que a produção do "Käfer" (o Fusca brasileiro) iria terminar algum dia, porém o enigma sobre como substituí-lo se convertera num pesadelo. A chave para o problema veio da aquisição da Audi/Auto-Union, em 1964. A Audi possuía os conhecimentos tecnológicos sobre tração dianteira e motores refrigerados a água dos quais a Volks tanto necessitava para produzir um sucessor de seu "tipo 1".
Em 1974, finalmente saiu do papel um substituto a altura do Fusca. Surgia o Golf, apresentado à imprensa em Maio de 1974, introduzindo um novo desenho automóvel, alcunhado como compacto. A influência da Audi abriu caminho para uma nova geração de Volkswagens, que incluía ainda o Polo e o Passat.
A produção do Fusca na fábrica de Wolfsburg cessou em 1974, sendo substituído pelo Golf. Era um veículo totalmente diferente de seu predecessor, tanto na mecânica quanto no desenho, com suas linhas retas desenhadas pelo projetista italiano Giorgetto Giugiaro. Seu desenho seguiu tendências estabelecidas pelos pequenos modelos familiares, tais como o Mini Cooper, de 1959 e o Renault 5, de 1972. O Golf tinha um motor refrigerado a água montado transversalmente, desenho "hatch-back" e tração dianteira, uma configuração que tem dominado o mercado desde então. A produção do Käfer (Carocha/Fusca) continuou em fábricas alemãs menores até 1978, porém o grosso da produção foi deslocado para o Brasil e o México.


Dos anos 70 aos dias atuais

Desde a introdução do Golf, a Volkswagen tem oferecido uma gama de modelos semelhantes a de outros fabricantes europeus. O Polo, menor em tamanho que o Golf e introduzido na mesma época, os esportivos Scirocco e Corrado, e o Passat, de maior tamanho, foram os mais importantes e significativos. Em 1998 a Volks lançou o chamado New Beetle, um carro com plataforma baseada no Golf e desenho que lembrara o Fusca. Em 2002, a empresa alemã, cujo nome traduzido ao português significa "carro do povo",  lançou dois automóveis para o segmento de alto luxo: a limusine Phaeton(como chamam os sedãs na Alemanha,seu maior mercado) e o SUV Touareg.
Em 30 de julho de 2003, o último Fusca foi produzido no México, selando para o modelo a marca de mais de 21 milhões de unidades produzidas em todo o mundo.


Uma empresa gigante

Hoje, a Volkswagen é parte do grupo  Volkswagen AG (Volkswagen Aktiengesellschaft), que inclui diversas marcas de vulto no mercado automobilístico, abaixo citadas:

·         Audi -  comprada da Daimler-Benz em 1964-1966.
·         SEAT -- marca espanhola adquirida em 1987.
·         Škoda – companhia tcheca adquirida em 1991.
·         Bentley -- adquirida em 1998 da empresa inglesa Vickers, junto com a marca Rolls-Royce.
·         Bugatti -- adquirida em 1998.
·         Lamborghini -- adquirida em 1998.

*De julho de 1998 até dezembro de 2002 a divisão Bentley da Volkswagen também vendeu automóveis sob a marca Rolls-Royce, após acordo com a também alemã BMW, a qual comprara os direitos de uso do nome. A partir de 2003, apenas a BMW pode fabricar automóveis com a marca Rolls-Royce.


A Volkswagen no Brasil

A Volkswagen tem 58 anos de Brasil. Trata-se de uma das principais e mais antigas parcerias da empresa alemã no mundo. A Volks início em um pequeno galpão alugado em São Paulo, com apenas 12 funcionários. Seis anos depois, em novembro de 1959, a empresa já inaugurava a unidade Anchieta, com a participação do então presidente Juscelino Kubistchek.
Em 1976, a Volkswagen iniciou a operação da fábrica de Taubaté, erguida com o propósito de produzir o Gol, carro mais vendido por 24 anos consecutivos no Brasil. Vinte anos depois, em 1996, a empresa inaugurou a fábrica de São Carlos, uma das três maiores produtoras de motores do Grupo Volkswagen no mundo. E, em 1999, iniciou a operação da moderna unidade de São José dos Pinhais.
O atual portfólio da marca alemã contém 23 veículos, sendo metade destes produzidos no Brasil: Gol, Voyage, Saveiro, Parati, CrossFox, Fox, Polo (hatch e sedan), Golf e Kombi; O SpaceFox e a Amarok são produzidos na Argentina; Passat, e Tiguan são produzidos na Alemanha; o Touareg é produzido na Eslováquia; Bora, Jetta, e New Beetle são produzidos no México


*com informações de Volkswagen Brasil, Portal da História (arqnet.pt), Estadão e Wikipédia