quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Os citas


Especula-se que os Citas tiveram seus primeiros descendentes no ano 2000 a. C. Povos semi-nômades originários da bacía do rio Volga (hoje Rússia), se agrupavam em forma de hordas e dominaram grande parte da Europa Oriental por volta dos anos 700 a. C levando consigo o hábito proto-iraniano da cannabis, usada para a confecção de tecidos a base do cânhamo e também como erva medicinal em rituais banhos de vapor.

Eram habilidosos arqueiros, exímios jinetes e criadores de cavalos, tendo os eqüinos presentes na maioria dos suas magníficas manufaturas e adornos de ouro. Os Citas acreditavam que o ouro lhes havia sido proporcionado por seres de um só olho, que o haviam roubado dos mitológicos grifos. Os seus monarcas eram enterrados em grandes túmulos, juntamente com seus melhores cavalos, concubinas e servos (previamente executados para a cerimônia). Em contraponto, algumas tribos citas costumavam não enterrar seus mortos, esperando que estes fossem devorados pelos abutres no que significava um sinal de boa sorte.

Destacavam-se na arte da guerra, sendo sua marca registrada o uso de capacetes adornados de grandes chifres. O grande processo expancionista persa, realizado por Darío I (que conquistou grande parte do Mundo Antigo), fracassou ao tentar conquistar a região ocupada pelos citas. Apesar de possuírem um contigente imensamente menor que o do exército persa, os citas se valiam de sofisticadas técnicas de emboscada e de seu fator nômade para fazer fracassar o avanço inimigo.

Seus conterrâneos os consideravam muito selvagens por seu hábito de beber o sangue de sua primeira vítima em uma batalha, e por um traje peculiar composto do couro cabeludo escalpelado de suas vítimas de guerra. Também costumavam utilizar crânios humanos como vasilhas para o consumo do kumis (bebida alcóolica a base de leite de égua). Muitos dos costumes dos citas foram posteriormente adotados pelos hunos. Atribui-se principalmente aos magiares da Hungria e ao Ossétianos do Cáucaso a descendência dos citas nos tempos modernos.

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