Despertei um dia, via que chovia mas sentia que não podia.... nada podia, nada seria, apenas sonho viria
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
As potencialidades do pensamento pré-adormecido
Os pensamentos conscientes deveriam cessar quando finda o dia, quando a mente pede por repouso após mais um dia de exaustivos esforços. Mas é aparentemente no silêncio da madrugada, apenas com o som distante dos primeiros pássaros despertos, que surge em mim um estranho vislumbre criativo.
O raro momento em que o corpo já descansa, mas o cérebro continua seus trabalhos, e onde as desconexas idéias anteriormente trabalhadas assumem uma forma mais clara. Um momento em que são tomadas importantes decisões organizacionais relativas a própria transposição das capacidades abstratas para um plano mais objetivo. No instante em que fechamos os olhos buscando dormir, nos distanciamos das pressões externas naturalmente impostas em todas nossas ações, quanto estrutura do complexo contexto social que é a vida. Ficamos então a sós com o pensamento, num processo de profunda reflexão introspectiva que em parte é incoerente com a premissa básica que se espera da atividade de adormecer, no caso repouso físico e mental.
Muitas pessoas ficam deveras angustiadas com este processo, que é causado sobretudo pelas próprias angústias pessoais. Enfim, o fato é que existe nesta introspecção noturna grande potencial também, sobretudo aos dotados de maiores capacidade de abstração. Portanto é sempre bom ter, na cômoda ao lado da cama, papel e caneta a postos, porque nunca se sabe quando poderá germinar uma grande idéia. E não seria atitude segura delegar a memória a tarefa da lembrança até o dia seguinte, pois por mais altruístas e louváveis que sejam suas intenções, a memória, tal qual o bom bêbado, é facilmente passível de esquecimentos.
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Quanto eu tou tempo chapado tenho as melhores ideias do Universo. Pena que sempre as esqueço.
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