Despertei um dia, via que chovia mas sentia que não podia.... nada podia, nada seria, apenas sonho viria
sexta-feira, 14 de maio de 2010
falta de inspiração
Faz tempo que não escrevo nada. Algo como garrafas numa salada de gengibre, se é que vocês me entendem. Mas não, vocês não entendem, ou se entendem estão a minha frente, porque eu não entendo. Não quis dizer nada, felizmente, mas meu guia telefônico diz que o nada quer dizer muita coisa. Será? Quem se importa também, no final tudo é geleia mesmo. Geleia cósmica, como tantos outros enterros eslavos. São simplesmente palavras soltas, formando frases sonoramente impactantes. Já ouvi falar que os orgasmos dos caramujos são parecidos com isso tudo, mas me falta conhecimento empírico no assunto para saber se eu sei vagamente sobre o que estou falando. Dizem que as redundâncias fazem parte da viagem, se repetem. No vocabulário estão entre as letras P e Q, num abismo gramatical até hoje incompreensível. Pleonasmos gritantes numa floresta negra, muitas sombras não são o que parecem. Não sei se isso é o que se chama de falta de inspiração, ou talvez sejam apenas gases. Pode até ser fruto da estabilidade. Escrever requer certo grau de caos. DERRAMEM SUA URINA NAS PORTAS DO LIMBO. Aliás, só para constar, o limbo não existe mais, nosso papa decidiu que agora todas as criancinhas mortas vão para o céu mesmo. Então, onde despejaremos nossa urina? São questões importantes como estas que deveriam ser tratadas por nossos políticos, mas eles preferem desviar verbas públicas. O caos é a origem de tudo sempre. A ordem é muito tediosa, frígida demais para ser exposta no papel. Não dá para comer a ordem, falta lubrificação. O que não falta é esperança, pois sempre há os loucos que sonham. Sonhar é legal, berinjela não é tanto. A vida é muito sem graça as vezes. As vezes não, mas como alguns dizem que plutônio desobstrui os poros da pele, é melhor não arriscar. Aliás, nada impede que eu escreva o quanto considero toscas as novas práticas para cultivo de frutas cítricas na região do sudeste catarinense. Muito antiquadas para meus padrões, é hora dessa rapaziada entrar na era da retangularização tribal! Pronto, agora me sinto mais aliviado. No caso é uma questão de prioridade, creio eu. O ser humano fala demais, não entende o valor do silêncio. Caso alguém queira comprar o silêncio, custa 8 reais, e está a venda no olho do cú. Nem sempre é um lugar bonito para se visitar. Por isso prefiro me abster sobre certos assuntos, principalmente em relação a sintaxe e a existência. Quando visitei Delória 15, na constelação de Artrite, falei com um pote de margarina sobre isso. A discussão não rendeu muito. Obviamente, pois margarina não fala, só sabem cantar. Por isso a música as vezes quer dizer muito mais do que parece. Uma vez ouvi um ditado lindo sobre música, que até hoje muito me faz refletir: música é música para os ouvidos. Genial, não? Enfim, bem melhor seria se eu tivesse falado com um dromedário, ou até um grampeador. Muitos questionam a eloquência dos grampeadores. Eu não, sempre escuto com atenção quando um começa a falar. Geralmente eles dizem coisas muito interessantes, mas isso não vem ao caso. O que realmente importa, e que não deve ser jamais esquecido é
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