Despertei um dia, via que chovia mas sentia que não podia.... nada podia, nada seria, apenas sonho viria
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Não é nada, mas...
.... ontem assistia televisão enquanto esperava o microondas aquecer meu almoço. Estava sozinho em casa. De repente, escuto no jardim um estranho barulho. Um nítido e seco barulho, de madeira se partindo. Dois segundos depois, o telefone toca. Me levanto para atender. Quando levo o telefone ao ouvido, a única coisa que ouço é o sinal de ocupado. Recoloco o aparelho no gancho e, neste exato momento, o microondas apita. Me dirijo até a cozinha. Tiro meu prato do microondas e pego um copo. Por algum motivo, o copo escorrega da minha mão, estilhaçando-se pelo chão. Então, o telefone toca novamente. Atendo, ouço a voz de uma velha:
- Alô? Por favor, eu poderia falar com a Maria da Graça? Sou uma velha amiga dela
- Bom, lamento lhe informar senhora, mas ela faleceu. Já fazem dois anos. Sou o neto dela.
- Oh, verdade? Que pena, era uma boa alma. Nos conhecemos muito tempo atrás, porém nos últimos anos havíamos perdido contato. Mas ontem tive um sonho estranho, onde a Graça aparecia me pedindo ajuda, então resolvi ligar para falar com ela, saber se estava tudo bem. Este é um dos problemas em se ficar velho, os amigos se vão e sentimos que a nossa hora está cada vez mais próxima. Enfim, meus pêsames por sua avó e obrigado pela atenção. Até logo.
Recoloco o telefone no gancho. Um sombrio arrepio corre por minha espinha. No jardim, o estranho barulho de madeira partindo se repete. Vou até lá para verificar. Mas não há ninguém, apenas uma leve brisa soprando...
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