
Pois que há uma pequena cidade
Um lugarejo pacato e tranquilo
Onde as coisas são uma cousa
E muitas outras cousas também
Onde o rio é uma serpente
Sinuosa e complacente
E um mar que é de água doce
Numa fronteira de dois povos
Idênticos em suas diferenças
Onde há uma pequena ilhota
Que é gigantesca montanha
Perdida no oceano profundo
Refugio de lobos e leões árticos
Que são peixes, mas não o são
Onde uma areia vai crescendo
Em altas dunas que vão nascendo
E de repente viram florestas
Na qual se ocultam matilhas
De mansos cães selvagens
Onde há morros tão verdejantes
Findados em penhascos traiçoeiros
Que são cavernas enigmáticas
E também são cegueira alva
Durante os eternos nevoeiros
Onde o mar é tão sereno
Dormente em sonhos tranqüilos
E quando acorda é truculento
Bradando turrão ao vento
Estourando em ondas de fúria
Onde há um céu que é espelho
Para o mar refletido em lua
E que permanece estrelado
Nas noites de sol nascente
Da iluminada alvorada escura
Finalmente há um pescador
Que dizem ser ignorante
Que dizem ser alienado
Mas de todos é o mais sábio
Pois entende a beleza das coisas
Vive a magia das coisas
Enxergando todas as cousas
Sem sequer precisar ver
Repito: afu!
ResponderExcluirMuito bonito... Agora fiquei curiosa pra um dia conhecer esse lado Torres de ser!
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