sexta-feira, 5 de março de 2010

Os escravos escravizadores da Libéria


A Libéria é mais um pais miserável da África Ocidental. Foi fundada por seis mil negros norte-americanos, ex-escravos que ganharam a área de presente de seus antigos patrões, para que assim pudessem viver na terra de seus antigos ancestrais. Os brancos não faziam isso por caridade, mas sim para expulsar dos EUA seus negros recém libertos, já que por “seus instintos selvagens” estes não conseguiriam se adequar a uma sociedade livre e aumentariam os níveis de criminalidade.

Aportaram na costa da Monróvia e deram o nome de “Terra Livre” (Libéria, em latim) ao seu novo lar. Na Terra Livre Africana, os ex-escravos passaram a escravizar a população local, afinal este era o único modelo social que conheciam. Haviam nascido na escravidão, seus pais e avós haviam nascido escravos, então é natural que, agora libertos, adotassem o sistema em suas vidas. Não era possível a eles vislumbrar um mundo onde todos vivessem em liberdade.

Em pouco tempo os “refinados” américo-liberianos organizaram uma sociedade a parte dos “selvagens” liberianos. Criaram uma constituição e um modelo político semelhante aos dos EUA, definiram a religião Batista como oficial e se declararam os únicos cidadãos por direito. Como não podiam se diferenciar da população local pela cor de pele, mostravam sua “superioridade” vestindo-se com a pompa e requinte de seus senhores na América, utilizando fraques, luvas e chapéus, mesmo nos dias de calor escaldante.

Os américo-liberianos instituíram o sistema do partido único, com o True Whig Party ficando no poder por um total de 111 anos. Foram demarcados territórios para isolar as 16 tribos locais do convívio dos negros da América, e quando estas ultrapassavam seus limites eram severamente punidas pela bem organizada e armada polícia da Monróvia. Quando estourava alguma rebelião, esta mesma polícia era enviada para realizar expedições punitivas com o objetivo de capturar escravos. A escravidão permaneceu

Um comentário:

  1. Significa que os ex-escravos não eram melhores que seus escravizadores brancos.

    Adriel Batista Correia de Melo

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