Despertei um dia, via que chovia mas sentia que não podia.... nada podia, nada seria, apenas sonho viria
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A mosca
a mosca
voando
zumbindo
na imensidão
vazia
do dia
quente
derrotada
pela própria
falta
de noção
de sentido
de sua
existência
tosca
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Capricórnio
...escrever é uma arte. Viver é uma arte. Zebras são arte. Artrite é uma doença. Ou um assidente vascular. Assidente é com c, acidente. Cachorro também. Não, cachorro não é uma uma doença. Cachorro não é um acidente vascular e muito menos uma arte vascular doente. Cachorro é uma morsa. Gorda, deformada por anos de espinhas, sempre deixada de lado na escola. Muito difícil a situação. Bom, mas essa eu não sei responder mesmo, porque cachorro é uma morsa, mas morsa se escreve com m, e cachorro com c. Não faz sentido! Essa é a bosta do nonsense, nunca faz sentido. Mas mesmo assim tem gente que se dá ao trabalho de ler. Não pelo sentido da coisa ou pela coisa sem sentido. É muito mais uma questão de saber driblar o adversário, ter jogo de cintura quando os lábios leporinos começarem a rolar. Enquanto você...
"Nãããããão!", gritou Paulo, abrindo os olhos para perceber que havia sido apenas outro pesadelo. Ele ainda encontrava-se em seu amplo quarto verde, rodeado por enormes tufos de algodão e pelos retratos de sua falecida tia Aurora. Tudo estava bem, e com um suspiro Paulo levantou-se da cama. O rapaz então dirigiu-se até a janela e observou a noite. O céu estrelado, a brisa soprando, o velho revolver da tia Aurora no parapeito da janela. Tudo tranqüilo, em paz, e Paulo sentiu muito prazer em estar vivo. Ele então pegou o revolver, apontou-o em sua testa e, só de brincadeira, disparou o gatilho. O jovem sentiu um vazio na cabeça, caiu no chão, ficou agonizando por alguns estranhos segundos e morreu.
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